terça-feira, 23 de março de 2010

CQC Nas Igrejas

Geralmente, se estou em frente a uma TV, é porque estou vendo filmes. Como disse a minha mãe, se eu não tivesse que trabalhar, passaria o dia inteiro vendo filmes. Não é bem assim. quase... Mas não é somente filmes que me levam para frente da telinha, o programa CQC na Band também. Não curto tudo no programa, mas os segmentos Controle de Qualidade (que não sei se teve esse ano ainda) e o Proteste Já, são fenomenais. O primeiro revela o quão nossos representantes são ignorantes (nem todos, existem exceções) e não ligam a mínima para o povo, o que eles querem mesmo é garantir o deles (e o da família é claro). Esse quadro no programa tem me politizado. Nunca gostei muito desses assuntos políticos, mas depois desse segmento, tenho prestado um pouco mais de atenção em Brasília. Penso no poder do meu voto.

Já o Proteste Já para mim é profético, isso mesmo, leste certo, profético. Enquanto nos especializamos em coisas inúteis, eles agem diretamente em prol de uma comunidade. Para mim não interessa as motivações deles, o que importa é que eles denunciam, lutam por justiça, melhores condições de vida, etc. Deveria existir um Proteste Já em cada cidade, em cada igreja.

Falando em igreja. Muita “trambiqueira” acontece nas igrejas porque os membros não fiscalizam o que é feito com o dinheiro das arrecadações de ofertas e dízimos. Creio que quem contribui com a igreja tem o direito desta prestação de contas. Se muito pastor por aí se folga com o bem material da igreja, é porque ela permite isso. Pensamos: “Ah, ele é um homem de Deus, eu confio nele”. Fiscalizar as finanças de uma igreja não é questão de confiar ou não confiar no pastor, mas de exercer um direito que lhe pertence. Não é pecado!

As igrejas pentecostais nesse sentido deveriam imitar o modelo congregacional. Os membros deveriam acordar para a realidade de que pastores ficam um tempo na comunidade e saem. Já eles, ficam quase a vida inteira. Por isso, a congregação deve estar por dentro de tudo que acontece com o dinheiro da igreja, os bens, os projetos missionários, etc, pois pertencem a ela e não ao pastor. O pastor está ali para servir a comunidade e fazer o que é melhor para ela, e não o contrário, como acontece muitas vezes...

Em nossas igrejas deveriam existir um departamento chamado Controle de Qualidade, para fiscalizar a qualidade de nossos representantes sagrados e um Proteste Já, onde atenderíamos as necessidades locais. Onde a igreja não seria mero encontro de pessoas num domingo a noite, mas um local de amparo aos necessitados. Igreja que luta por melhorias em seu bairro, tanto na infraestrutura como na saúde. Isso é ser relevante.

Ano passado eu teci alguns comentários acerca da Marcha para Jesus (leia aqui < >) e um dos organizadores me disse que não ficariam somente na marcha, mas que estavam se mobilizando para algo concreto na sociedade joinvillense. Como eu disse em outro texto, se isso acontecer, pode contar comigo, caso contrário... Bem, ainda estou esperando... até agora só ouvi falar do lançamento de um DVD. Fato é que eu posso estar desinformado, então se alguém tem alguma novidade sobre a marcha do ano passado, por favor, deixe um comentário. Ou se alguém tem um testemunho para contar, eis aqui seu espaço!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Foi Apenas um Sonho...

Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road, 2008)

O filme do diretor Sam Mendes (Beleza Americana, 1999) é um bom drama. Nele acompanhamos a vida conjunta de Frank (Leonardo DiCaprio) e sua esposa April (Kate Winslet) desde o seu primeiro encontro até morarem na rua Revolutionary Road do título original, subúrbio de Nova York.

Estão ali o casal de vizinhos que olha para a casa ao lado para ver como a grama deles é mais verde; os colegas do trabalho de Frank em um escritório em Nova York; e a corretora de imóveis Helen Givings (Kathy Bates), que lhes vendeu a casa e os visita com frequência ao lado do marido (Richard Easton) e o filho John (Michael Shannon), um ex-matemático que sofreu nas mãos dos tratamentos mentais da época. Este trabalho de ambientação logo mostra o que pensa dos subúrbios estadunidenses: lindos, perfeitos e... vazios. E é por esse "vazio desesperançoso da vida", como bem descrevem os protagonistas, que eles decidem sair dali. Ela queria ir para Paris onde trabalharia como secretária em algum órgão do governo e ele ficaria livre para estudar, viver e encontrar algo que o agrade em vez de ficar enfurnado em um cubículo de um trabalho que odeia apenas para garantir o holerite no fim do mês.[1]

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A partir de agora contém SPOILERS! Leia por conta e risco.

April não encontrava sentido em sua vida, por isso, queria toda aquela mudança. Ela estava a procura do “do algo a mais” que alguns defendem que a vida pode dar. A grande verdade é que ela queria uma mudança na vida, queria fugir do grande vazio daquele lugar e talvez pensasse que o deslocamento geográfico pudesse ajudar. Ledo engano.

A frase mais sensata no filme vem do “louco” John, filho do casal “perfeito”, ele diz: “muitas pessoas estão no vazio, mas é preciso coragem para ver o desespero”. April percebeu o vazio, elaborou um plano mas não conseguiu executá-lo. A atitude do jovem casal na procura da felicidade é frustrada pelas circunstâncias da vida. E isso fica claro no filme: é nos pequenos detalhes que somos atropelados.

A vida é assim, dura, e para cada dia basta o seu mal! Esse vazio que o casal tentou superar está dentro de todos nós, sem exceção. Sempre estamos buscando um sentido para nossa vida, sempre estamos em busca do “algo a mais”, parece que acreditamos no pote de ouro no fim do arco íris.

Penso que o cristianismo é muito realista em sua antropologia: o ser humano é um ser vazio e desorientado. Só encontra sentido em Cristo. O escritor russo Dostoievsky já disse que o vazio dentro do homem é do tamanho da eternidade. Ser cristão é encarar o desespero interior e correr em direção ao Pai, só existe esse caminho.

O lindo casal tentou resolver da sua maneira e tropeçou. Naquela cena em que April acorda aparentemente feliz, preparando o café da manhã como se nada tivesse acontecido na noite anterior, me causou calafrios, naquela hora, eu soube o que ela iria fazer.

O mundo matou Deus e está tentando resolver do seu jeito, o resultado a gente vê na TV. No encontro com Deus eu me enxergo e me desespero, mas sou segurado em mãos firmes que me conduzem no caminho, afinal, a tristeza segundo Deus produz mudança de direção.

O filme permite outros olhares, mas por hora fico com esse. E como bem frisou Marcelo Forlani do Omelete, a última cena do filme é genial!



[1] Adaptado do site Omelete . Acesso dia 11/03/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sete Pecados Capitais

clique na imagem e ouça o programa Fórmula 3.16, que está tratando sobre os 7 Pecados Capitais. O programa vai ao ar toda sexta feira ao vivo pela 107,5FM.



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